Refluxo: o exame que pode te ajudar a solucionar esse desconforto
A pHmetria do esôfago (esofágica) é um exame que permite ao médico avaliar o refluxo (retorno) de material ácido contido no estômago para o esôfago num período aproximado de 24 horas, sendo no momento o padrão ouro para o estudo do Refluxo Gastro-Esofágico – RGE.
A pHmetria é indicada para definir o padrão do refluxo, que pode ser dos tipos:
Ortostático – padrão anormal quando o paciente não está deitado;
Supino – padrão anormal quando o paciente está deitado;
Biposicional – padrão anormal quando o paciente está deitado ou não.
O exame da pHmetria é indicado nas seguintes situações:
Pacientes com queixa de azia e/ou regurgitação sem erosões esofágica (sem esofagite);
Pacientes com queixas de sintomas atípicos (como dor torácica e problemas otorrinolaringológicos ou respiratórios);
Antes da realização de tratamentos antirrefluxo – como a cirurgia -, como forma de documentar a doença, e após o procedimento, para verificar sua eficácia;
Pacientes com sintomas típicos já em tratamento, mas que não apresentem os resultados esperados;
Para avaliar o andamento do tratamento clínico / terapêutico em pacientes com DRGE complicada (úlceras, estenoses, esôfago de Barret).
Algumas orientações e preparos necessários para a execução do exame de pHmetria esofágica são:
O exame de pHmetria esofágica prolongada é sempre precedido de uma manometria esofágica para localização correta dos esfíncteres inferior e superior de esôfago.
Após a manometria esofágica é introduzido o cateter de pHmetria, com o paciente acordado.
Após o término do exame o paciente poderá se alimentar, dirigir e trabalhar, dependendo do tipo de trabalho exercido. Caso necessário é fornecido atestado para o dia.
O paciente não pode ter sido submetido a sedação nas 6 horas que antecedem ao exame.
Jejum mínimo de 6 horas, jejum total, não tomar nem água.
O paciente deve tomar banho antes do exame, pois durante a monitorização o banho é proibido.
Algumas medicações que não são para o estômago, mas podem alterar o funcionamento normal do esôfago, devem ser interrompidas no mínimo 48 horas antes do exame.
O exame inicia-se pela escolha do cateter, que será específico para atender as necessidades de cada paciente, após localização dos esfíncteres inferior e superior do esôfago por manometria esofágica prévia. O eletrodo de referência externa é fixo no tórax do paciente.
Aplica-se gel anestésico na narina que estiver mais desobstruída e na orofaringe e pede-se para que o paciente inspire o gel, com objetivo de anestesiar o trajeto a ser percorrido pela sonda.
O cateter é introduzido lentamente na narina que foi anestesiada e quando sentimos que está na faringe posterior pedimos que o paciente flexione o pescoço para frente, para facilitar a entrada do cateter no esôfago.
O cateter é então introduzido até o estômago, com objetivo de verificar a acidificação e ter certeza que o cateter não está dobrado. Caso não se registre pH ácido damos um pouco de suco de laranja ao paciente, com isso podemos saber se a não acidificação se deve a falta de conteúdo gástrico ou problemas no sistema de registro do pH.
O cateter é tracionado até 5 cm acima da borda superior do esfíncter inferior do esôfago, fixado externamente na face e conectado a um aparelho portátil, que irá monitorizar o pH do esôfago. O aparelho é ligado e começa a monitorização.
Após o exame o paciente poderá alimentar-se, dirigir, trabalhar, enfim voltar às suas atividades normalmente.
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